Site oficial do Senado mostra que 94% dos votantes é contra a reforma. Para liderança sindical, o trabalho das bases e a greve geral mostraram efeito na população, que entendeu os riscos que a perda de direitos trabalhistas representa.
Brasília, 11 de maio de 2017 – Desde a semana passada, o Senado realiza, em seu site oficial, uma enquete para avaliar qual o posicionamento da população brasileira com relação à Reforma Trabalhista (clique aqui: https://www12.senado.leg.br/ecidadania/visualizacaomateria?id=129049&voto=contra). Já apurados mais de 130 mil votos, o resultado mostra que 94% dos participantes (126.729) disseram não ao texto que altera as leis trabalhistas, uma maioria esmagadora se opondo à reforma.
“Essa enquete mostra que a população aderiu às ideias dos trabalhadores (as) e suas entidades de classe contrárias ao desmonte da CLT que essa Reforma Trabalhista irá causar. Tentamos de todas as formas mostrar isso ao presidente Michel Temer e ao deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara, mas eles não quiseram nos ouvir. Essa atitude mostra total falta de diálogo com o povo brasileiro”, afirma José Calixto Ramos, presidente da Nova Central.
Calixto enfatiza que o esclarecimento da população vem do trabalho dos sindicatos nas bases, que deve continuar com a cobrança de um posicionamento dos parlamentares contra a reforma em seus estados de origem. “Esse trabalho é de vital importância para evitar que a reforma seja aprovada no Congresso”, explica.
No entanto, alertou para o fato de que, independentemente do diálogo com congressistas, há possibilidade de se construir uma outra greve geral. “Não temos uma data definida, mas se a população não for ouvida e o diálogo não existir, vamos mostrar a força das ruas novamente. O povo aderiu à greve, pois sabe que seus direitos estão ameaçados”, finalizou.